Resumo: Objetivo: Comparar a técnica minimamente invasiva, utilizando tendão fibular curto, com a técnica aberta convencional, associada a reforço de tendão semitendineo, para reparação de lesões do tendão calcâneo e apresentar os resultados clínico-funcionais, grau de satisfação e complicações encontradas.
Método: Estudo retrospectivo que incluiu 43 pacientes com lesões de tendão calcâneo, de origem traumática ou degenerativa, avaliando média de idade, lateralidade, técnicas cirúrgicas utilizadas, avaliação clínico-funcional com questionário AOFAS e complicações ocorridas.
Resultados: Dezesseis pacientes foram tratados com técnica minimamente invasiva com enxerto de tendão fibular curto e vinte e sete com técnica aberta com enxerto de tendão semitendíneo, idade média de 45 anos. Foram 86% do sexo masculino, 55,8% lateralidade esquerda, 27,9% com lesões degenerativas e 72,1% com lesões traumáticas. Os resultados clínico-funcionais foram obtidos pelo questionário AOFAS no pós-operatório, após tempo médio de dois anos. Nos casos de sutura aberta, houve três complicações em área doadora (11,1%), com queixa de dor e insensibilidade, três complicações em área receptora (necrose superficial de pele, necrose profunda de pele e enxerto e deiscência de sutura), totalizando seis pacientes (22,2%) com complicações pós-cirúrgicas. Nos casos de sutura minimamente invasiva, ocorreram três complicações (18,8%), porém todos os casos foram resolvidos precocemente.
Conclusão: A técnica minimamente invasiva utilizando tendão fibular curto como enxerto é uma boa opção para reconstrução das lesões agudas e crônicas do tendão calcâneo, sendo considerada superior à técnica aberta em ambas as situações, uma vez que provoca menores taxas de complicações, especialmente tardias, e morbidade.
Palavras-Chave: Tendão do calcâneo; Cirurgia; Lesões tendinosas; Procedimento cirúrgico minimamente invasivo